A SAÚDE MENTAL NA AVIAÇÃO: LIÇÕES DA PANDEMIA E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A SEGURANÇA OPERACIONAL (2020–2025)
Resumo
As autoridades de aviação civil e as companhias aéreas, no período imediatamente posterior à pandemia de Covid
19, concentraram esforços na retomada das operações, muitas vezes deixando em segundo plano a saúde mental e o bem-estar
de pilotos e outros profissionais da aviação. Essa negligência trouxe riscos potenciais à segurança operacional, uma vez que
sintomas de ansiedade, estresse, depressão, fadiga, transtornos psicoticos e outras fragilidades emocionais se intensificaram nos
ultimos cinco anos entre trabalhadores do setor.O presente artigo busca analisar os efeitos psicológicos e sociais da pandemia
sobre trabalhadores da aviação, inicialmente no período de 2020–2021, quando as operações foram retomadas após meses de
paralisação, e posteriormente entre 2022–2025, quando novos desafios estruturais surgiram. A análise contempla não apenas
pilotos, mas também comissários, mecânicos, controladores de tráfego aéreo e demais profissionais do transporte aéreo. São
discutidas as consequências do isolamento, da perda de renda e da insegurança no emprego durante a pandemia, bem como os
impactos atuais da retomada do tráfego aéreo em ritmo acelerado, com equipes reduzidas, maior rotatividade e pressão sobre
escalas e treinamentos. Também são explorados aspectos como cultura de reporte, estigma em relação a transtornos psicológicos,
fadiga, sobrecarga tecnológica e necessidade de políticas preventivas. Por fim, o trabalho identifica lições aprendidas e propõe
recomendações para o cenário brasileiro e internacional, ressaltando a saúde mental não apenas como questão de bem-estar
individual, mas como pilar central de segurança operacional na aviação contemporânea.
19, concentraram esforços na retomada das operações, muitas vezes deixando em segundo plano a saúde mental e o bem-estar
de pilotos e outros profissionais da aviação. Essa negligência trouxe riscos potenciais à segurança operacional, uma vez que
sintomas de ansiedade, estresse, depressão, fadiga, transtornos psicoticos e outras fragilidades emocionais se intensificaram nos
ultimos cinco anos entre trabalhadores do setor.O presente artigo busca analisar os efeitos psicológicos e sociais da pandemia
sobre trabalhadores da aviação, inicialmente no período de 2020–2021, quando as operações foram retomadas após meses de
paralisação, e posteriormente entre 2022–2025, quando novos desafios estruturais surgiram. A análise contempla não apenas
pilotos, mas também comissários, mecânicos, controladores de tráfego aéreo e demais profissionais do transporte aéreo. São
discutidas as consequências do isolamento, da perda de renda e da insegurança no emprego durante a pandemia, bem como os
impactos atuais da retomada do tráfego aéreo em ritmo acelerado, com equipes reduzidas, maior rotatividade e pressão sobre
escalas e treinamentos. Também são explorados aspectos como cultura de reporte, estigma em relação a transtornos psicológicos,
fadiga, sobrecarga tecnológica e necessidade de políticas preventivas. Por fim, o trabalho identifica lições aprendidas e propõe
recomendações para o cenário brasileiro e internacional, ressaltando a saúde mental não apenas como questão de bem-estar
individual, mas como pilar central de segurança operacional na aviação contemporânea.
Palavras-chave
1. Saúde Mental. 2. Bem-Estar. 3. Aviação. 4. Fatores Humanos. 5. Cultura de Reporte. 6. Pandemia de Covid 19. 7. Segurança Operacional. 8. Fadiga. 9. Proficiência. 10. Regulamentação. 11. Brasil.
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ISSN: 2176-7777